Focado na região, o efetivo terá mais de 1,9 mil pessoas em cada um dos cinco dias de folia. Para o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, o objetivo é facilitar a prestação de serviços e atender as ocorrências de modo célere. No ano passado, sistema semelhante formado pela Polícia Militar e pelos bombeiros funcionou no mesmo local. “(O sistema) evoluiu dentro de nossa política de integração das forças. Esse é o modelo que queremos aplicar no DF. Entendemos que, se não for assim, não dará certo. É uma iniciativa pioneira. A nossa ideia é centralizar, integrar”, destacou Torres.
A Polícia Civil contará com serviços além do registro de ocorrências e da emissão de termos circunstanciados. A corporação deslocará não só agentes e delegados, como médicos legistas, papiloscopistas e peritos criminais para trabalharem em três ônibus na Cidade da Segurança. “Em um deles, haverá a realização de exames de corpo de delito e de constatação (da presença) de drogas (no organismo). Uma vítima de lesão, por exemplo, não precisará ser encaminhada ao IML (Instituto de Medicina Legal)”, detalhou o delegado André Sala, assessor do Departamento de Atividades Especiais da PCDF.
As equipes da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), da 5ª DP (Área Central) e da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA 1), na Asa Norte, terão reforço. O mesmo está previsto para os plantões nas unidades das demais regiões administrativas. Outra novidade é o emprego de drones e câmeras de reconhecimento facial em pontos estratégicos. Os equipamentos, usados pela primeira vez, facilitarão a identificação de foragidos da Justiça e permitirão o cruzamento com dados de 15 mil mandados de prisão em aberto.
A Secretaria de Cultura dividiu a área central de Brasília em sete setores, onde 84 eventos ocorrerão até terça-feira. O maior efetivo na região será da Polícia Militar, que colocará 1,5 mil PMs por dia nas ruas. Cada um dos maiores blocos ficará sob o comando de um major, que permanecerá em contato com a central de operações na Torre de TV. Além disso, os serviços na área administrativa serão intensificados.
O chefe da comunicação da PMDF, coronel Alexandre de Souza Oliveira, comentou que haverá um esforço por parte de todos os envolvidos nas atividades de acompanhamento das festividades. “Toda a PM está mobilizada. O carnaval de Brasília vem em um ascendente de público, alegria e reconhecimento em âmbito nacional. Trabalharemos para que continue dessa forma e para que as pessoas possam ir para os blocos se divertirem”, disse o oficial.
Pela primeira vez, o Distrito Federal usará drones e reconhecimento facial para melhorar a segurança no carnaval. Os equipamentos aéreos da Polícia Militar servirão para orientar o policiamento, e câmeras da Polícia Civil identificarão pessoas com mandados de prisão em aberto, entre outras implicações legais. As medidas foram anunciadas após reunião entre representantes do GDF e de blocos de rua, na Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança Pública e Defesa Civil (Ciosp).
A primeira cidade a testar a tecnologia foi Salvador, seguida por Rio de Janeiro. Neste ano, além de Brasília, São Paulo adotará o reconhecimento facial. O Distrito Federal usa o sistema automatizado em toda a frota de ônibus desde maio de 2019.
O empresário Ariel Prazeres, 25 anos, sente-se mais protegido com a nova estratégia. “Eu me sinto seguro, pois o reconhecimento facial ajudará na identificação de criminosos, foragidos ou qualquer pessoa que queira fazer o mal. É muita gente na festa e, com essas tecnologias, fica mais fácil localizar aqueles com más intenções”, defende o folião.