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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
20/03/18 às 12h06 - Atualizado em 8/11/18 às 16h40

Biotic pode mudar eixo econômico da capital do país

Governo de Brasília não quer a cidade vivendo mais em função do serviço público

 

Foto: Cleverlan costa

O secretário adjunto para Inovação, Ciência e Tecnologia, Thiago Jarjour, comandou nesta segunda-feira (19) mais uma visita técnica ao Parque Tecnológico Biotic. Desta vez, a visita foi para que os jornalistas conhecessem o prédio de governança do Biotic, um edifício com dois blocos e 6 mil m² distribuídos em quatro pavimentos cada. Lá funcionarão a sede própria da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), um núcleo de tecnologia da Embrapa e um programa do Sebrae destinado ao desenvolvimento de startups, conhecido como Sebraelab.

 

Thiago Jarjour confirmou para o dia 2 de abril a inauguração do Biotic, uma ideia surgida há quase 30 anos em Brasília, que só agora está finalmente se tornando realidade. Nos próximos dias serão divulgados editais para escolher empresas de tecnologia que queiram se instalar no Biotic, bem como o chamado agente inovador, entidade que terá um contrato com o Governo de Brasília para ser o gestor do Parque. A previsão no orçamento deste ano para este contrato é de R$ 500 mil.

 

Thiago Jarjour explicou aos jornalistas que o objetivo do Biotic é criar emprego e renda para as futuras gerações investindo num modelo econômico apoiado na ciência e na tecnologia, a chamada “indústria limpa”. “Brasília não pode ficar mais apoiada apenas no serviço público”, acredita o adjunto, pensamento semelhante ao do secretário Valdir Oliveira. Para criar esse novo modelo é preciso atrair as empresas e os editais de chamamento preveem que elas terão descontos no aluguel das salas do prédio de governança. Segundo Jarjour, eles serão de 75% no primeiro ano, 50% no segundo e 25% no terceiro ano. “A partir do quarto ano, o aluguel será pago integralmente”, explicou Jarjour, porque a ideia é que até lá essas empresas já tenham condições de se estabelecer em espaços maiores ao longo dos 1 milhão de m2 que formam a poligonal triangular do Biotic, na Granja do Torto. “Os empresários precisam ocupar esse espaço, que é deles. O governo é só um indutor do processo”, esclarece o adjunto. Para ele, a ocupação e o alcance da finalidade do Biotic são para médio e longo prazo. “É coisa para mais de dez anos”, estimou Jarjou, calcado na experiência da ocupação de parques tecnológicos em outros países.

 

O prédio de governança terá foco no fomento de startups, modelos de empresas que quando vingam conseguem gerar empregos e renda, informou Jarjour.  Ele quer que no DF o agente inovador do Biotic desenvolva um trabalho semelhante ao que há em Santa Catarina, onde a “taxa de mortalidade” dessas empresas, que geralmente é de 85%, ficou em 30%. “Lá o que o Estado investiu em fomento para as startups já foi superado e em muito pela arrecadação de impostos gerados por elas mesmas”, conta Jarjour.

 

Ainda esta semana haverá outra visita técnica de empresários de ciência e tecnologia que querem conhecer o Biotic. O parque deverá receber também a visita de altos executivos da Microsoft ainda antes da inauguração, marcada para o início de abril.

 

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