São quase R$ 2 bi disponíveis para empresas que querem crescer
O Conselho de Financiamento à Atividade Produtiva do Distrito Federal, Cofap, quer que este ano seja usado todo o dinheiro disponível para investimento no Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste, o FCO. A diretriz foi dada pelos conselheiros na primeira reunião do Cofap tendo como presidente o secretário Valdir Oliveira depois que assumiu o comando da Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável, SEDES. O Conselho é formado também por representantes de outras secretarias do Governo de Brasília, da indústria e do comércio do DF. A reunião ocorreu nesta terça-feira (10).
O FCO é dinheiro do Governo Federal para os estados do centro oeste e DF, que deve ser utilizado no desenvolvimento da economia por intermédio da concessão de créditos a empresas que querem expandir as atividades, o que consequentemente aumenta a geração de empregos. No total, o fundo disponibiliza R$ 10 bi para os estados, sendo que a fatia que cabe ao DF é de quase R$ 2 bi.
Nesse momento, o grande desafio é destravar a burocracia para que o dinheiro, liberado pelo Banco do Brasil, chegue ao empresário que quer investir. No DF, o Cofap é responsável por chancelar a liberação de créditos com valor superior a R$ 1 milhão.
No ano passado, por causa da burocracia, cerca de 50% do valor total do Fundo destinado ao DF foram devolvidos à União por falta de uso. “É claro que nós iremos respeitar os ritos para a liberação de dinheiro, inclusive os relativos às garantias que o Banco do Brasil precisa ter das empresas para liberar o empréstimo, mas é necessário que se dê mais agilidade a esse processo”, disse o secretário Valdir Oliveira. Ele lembra que o DF está com mais de 300 mil desempregados (fonte Dieese). Para reverter esse quadro é preciso reaquecer a atividade econômica, e o crédito é o caminho. “ No momento de crise, a empresa precisa de crédito para se organizar e reestruturar seu capital”, explicou Valdir Oliveira.
As reuniões do Cofap são mensais, mas haverá uma extraordinária no próximo dia 22. O objetivo dessa reunião é que o Banco do Brasil explique aos conselheiros qual o trâmite de liberação do dinheiro do FCO, para que em 2017 o dinheiro não seja outra vez devolvido por falta de uso. De acordo com as regras do Fundo, os créditos precisam ser aprovados e liberados até outubro. Caso contrário, o dinheiro volta para a União e quem acaba usando são os outros estados, que já têm a sua fatia.